Sou o arquiteto Fábio Formighieri e talvez você seja parecido comigo no passado ou com algum dos meus alunos. Eu só queria facilitar meu trabalho nos meus projetos otimizando o tempo para canalizar as energias em melhorar a ideia e não em desenhar. Porém eu senti dificuldade nos meus primeiros anos como estudante de arquitetura.
Foi quando, em fevereiro de 2001, eu descobri o Architectural Desktop, um software instalado no laboratório de informática da faculdade. Pensei que fosse um AutoCad “bugado” pois o ícone era bem parecido, mas tinha outra cor e dava vários erros instalação ao iniciar o “AutoCAD”. Tentei usar e não consegui. Até que, por acaso, eu estava na biblioteca e me deparei com um livro grosso cuja a capa era exatamente aquele “AutoCad bugado”. Logo pensei: “Como pode alguém se dá ao trabalho de escrever um livro inteiro sobre aquele software que ninguém da turma consegue usar?” E comecei a folhear. Para minha surpresa, a primeira página que eu abri explicava como fazer uma parede com 2 cliques e já ter o modelo 3D, vista e quantitativos!!!
Peguei o livro emprestado na biblioteca e estudei tudo sobre isso porque na época não tinha cursos, Youtube, nem tutorial, nem qualquer tipo de redes sociais que pudesse pegar um atalho para aprender. Coloquei na prática todo meu estudo. E então, quando escutava meus colegas dizer que viravam noites fazendo os trabalhos, eu dizia que aproveitava melhor esse tempo, aperfeiçoando o projeto, imprimindo e fazendo croqui por cima das impressões. Eu até tentava ensinar para minha turma, mas a maioria só queria utilizar o AutoCad porque achava que não conseguiria aprender rápido.
Os anos foram passando, migrei para Autodesk Revit em 2007, que também é um software parametrizado, inicialmente por causa do estudo de insolação que o Revit faz nativamente. Em 2008, dediquei-me ainda mais, inclusive sobre os estudos de caso de projetos usando este software pelo mundo e percebi que se as engenharias também utilizassem o programa para compatibilizar o projeto, o meu trabalho teria um salto qualitativo enorme!
Foi então que eu conheci o BIM (Building Information Modeling). Era essa a integração que eu precisava!
Em 2010 comecei assumir contratualmente as coordenações do projeto e a modelar as outras disciplinas de projeto já que os projetistas originais não trabalham como eu.
Em agosto de 2013, eu passei a fechar contratos, no meu escritório, exclusivamente se fossem desenvolvidos em BIM sob a minha coordenação, tamanha a vontade de mudar o mercado! Inclusive, recusei muitas propostas de trabalho de clientes que não queriam fazer de forma integrada. Assim, pude me concentrar bastante nas integrações e dei um novo salto qualitativo nos meus projetos.
Nesta quebra de paradigma, tive que dispensar todos os clientes que estavam acostumados a receber o projeto da forma tradicional. Fiz uma nova empresa (Formighieri Arquitetura) do zero e sozinho porque meus ex-sócios queriam manter os mesmos clientes que não percebiam o valor do BIM.
Mas eu ainda tinha outro problema! Além dos clientes, os arquitetos e engenheiros parceiros também não queriam se envolver com Revit nem com o BIM.
E foi isso que eu fiz… Foi assim:
1. INVESTIR em novos conhecimentos;
2. Criei um método, o Sistema de Informação e Integração de Dados e Decisões (SIIDD);
3. APLIQUEI no meu escritório;
4. GANHEI cliente;
5. Fundei a nD Educação para aumentar a formação de parceiros.
Eu consegui direcionar 100% dos meus esforços em um novo método que criei, o Sistema de Informação e Integração de Dados e Decisões (SIIDD).
E nessa caminhada, notei que é muito raro encontrar profissionais com qualificação para trabalhar com BIM, então estou dividindo os conhecimentos aprendidos com você, porque por mais que eu saiba sobre tudo isso, sozinho eu não vou longe!
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